Marcha da Maconha do Rio de Janeiro 2014
A rapaziada do JC já havia me pedido um cenário algum tempo
atrás, e finalmente saiu, no sábado passado. Passei mais de 1 hora no buzum, pra ficar diante da melhor vista do Rio de
Janeiro e algumas quadras depois, cheguei no estúdio. Fizemos a cabeça
enquanto acertávamos os últimos detalhes pra pintura e munido de 10 latas e
alguns stencils com a folha da maconha, fiz uma arte 100% freestyle numa parede
virgem, enquanto tudo era registrado pela câmera do JC. Depois da larica, a
noite veio e tive que arrematar a arte com a luz acesa. O resultado agradou a
todos e surpreendeu ainda mais quando apagamos a luz. Só estando lá pra
entender o que vimos.
Baixe o wallpaper da parede toda 1680x1050 px:
http://www.mediafire.com/ view/txqcmp3ay0ep52y/ PXE_JC4.jpg
http://www.mediafire.com/
Abro o Comentando os Comentários de Junho e o JC estréia o novo cenário
A história da MACONHA (como muitos carinhosamente chamam a
Revista Maconha Brasil) desenrolou num bate-papo durante o coquetel de
lançamento da edição #1. Um dos editores da revista me pediu uma ilustração que
mostrasse alguém cheio de idéias só de ler a revista, “a mesma chapação
criativa despertada pela erva”, perguntei.
Torrando com Tomazine #121 - lançamento da revista
Tirei uma foto minha de referência, mas só aproveitei a expressão/enquadramento e viajei no nonsense desde o começo, usando as luvas do Mickey no
lugar das mãos (as roupas do Bob Esponja cairam como uma luva, mostrando o
corpo inteiro do personagem e só vieram no layout final). O black power me fez
lembrar de um personagem dos lendários Harlem Globetrotters e assim objetos de
universos distintos, começaram a brotar da cabeleira de um cidadão inspirado ao
ler a MACONHA. A escova de dentes foi incluída
porque além de ser importante na higiene pessoal, tinha a forma perfeita
para preencher aquele espaço.
PXE x Slightly Stoopid
A Slightly Stoopid passou por aqui em maio e a convite de
Zack (ou DJ Z), um amigo e fã de carteirinha da banda, fiz a arte do poster da
mini tour brasileira. Como eu só conhecia um ou outro som, entrei no
slightlystoopid.com e ouvi todos os discos. Um mês depois, Z trouxe toda a discografia dos caras (7 cds) e passei
a semana inteira ouvindo a SS. Logo surgiu o concurso de estampas pra SummerSessions (uma turnê cheia de convidados de peso - StephenMarley, CypressHill e NOFX) com direito a um prêmio de 750 doletas e 2 ingressos.
Não me empolguei em participar inicialmente mas conferindo o
nível das estampas apresentadas, vi que tinha alguma chance e voltei a ouvir
aquela bateria de cds para criar uma estampa redonda, fechada com o conceito da
banda. Já tinha percebido antes, mas foi nessa vez que me liguei que os caras
tinham várias músicas falando sobre maconha, do primeiro ao último disco
lançado. Isso me fez lembrar a quantidade de artistas que já falaram sobre o
assunto abertamente, usando sua música pra espalhar uma imagem positiva da
erva. Bob Marley, Ziggy Marley, Slightly Stoopid, Cypress Hill, Peter Tosh,
Planet Hemp, Nação Zumbi, Marcelo D2, Sublime, Oriente, Cone Crew Diretoria,
Cacife Clandestino, Ayahuasca, Cidade Verde, Mateus Pingüim, Camaradas Camarão, Seiva Roxa, Manu Chao e por aí
vai...
SYSTEM
Brasil X JAMAICA!
O meu primeiro contato com a erva foi em
SaQuarema, no começo dos anos 90, aos 17/18 anos. Fui surfar em Itaúna com os amigos e ao sair da água, me deparei com
uma sereia deitadinha na areia. Trocamos uma idéia rápida e combinamos de
encontrar na praia, para a queima de fogos. Exatamente à meia-noite, ela
apareceu e nos beijamos pela primeira vez. Depois de um rala e rola básico na
areia, voltamos pra encontrar a família dela. Um primo se juntou a nós e trouxe
consigo um baseado molhado, trazido clandestinamente no carro do pai. Fomos pro
Mauna Loa, um bar tradicional de Itaúna. Chegando lá, ficamos na praia e eles
perderam um bom tempo tentando acender esse baseado molhado numa fogueira
gigante, sem sucesso. Como eu não fumava maconha, não compreendi o sofrimento deles (rs)
e a primeira vez foi adiada pro meu aniversário de 19 anos. Fumei pouquíssimas
vezes durante a faculdade, mas fumei no clássico “bosque” e noutros lugares e
ocasiões especiais, moderadamente. Só aos 32 virei maconheiro de verdade,
aproveitando pra aposentar de vez velhos hábitos como beber álcool e
refrigerante, comer carne e fast/junk food, etc. Comecei a freqüentar a Marcha da Maconha a partir de 2010 e desde então, tenho militado mais ativamente em
prol da legalização dessa erva medicinal milenar, equivocadamente mal vista/interpretada
nos últimos 70 anos.
Curti minha adolescência sem fumar maconha e acho que ela
não fez falta alguma. Mas hoje, aos 40 anos, me sinto bem à vontade quando uso
e mesmo sabendo que ela aguça minha criatividade, espero a inspiração surgir naturalmente.
Algum gnomo certamente sumiu com minha seda enquanto me
dedicava a estas linhas, então vou aproveitar pra finalizar esse papo,
parafraseando Pepe Mujica, presidente do Uruguai, primeiro país a legalizar
totalmente a maconha.
“As drogas não são boas pra ninguém, mas é preciso legalizá-las”
“As drogas não são boas pra ninguém, mas é preciso legalizá-las”
O universo da MACONHA é infinito....
Growroom, Radio Legalize, Hempadão, Renato Cinco, Planta na Mente, Torrando com Tomazine, Jornal Canábico, Dr. AndréBarros, SemSemente, HAZE Brasil, Pot in Rio, Smoke Buddies, Ultra 420 , La Cucaracha .....
Esqueci de alguém?
Gaviotas (ou gaivotas). O último PXE nas ruas...
Baixe o wallpaper:
http://www.mediafire.com/ view/sdemm1zhiczok1e/ PXE_gaviotas_1680x1050.jpg
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Um comentário:
Boa iniciativa, PXE!
Você é o cara, man!
Parabéns por respirar arte em tempo integral e ainda apoiar a causa o quanto pode!
Tamo junts!
Abraço,
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