De 98 a 2005, criei mais de 20 capas para artistas australianos e
neozelandeses lançados aqui pela extinta Tronador Records. A primeira,
do cd "Early Cases" do Spy vs Spy, continha várias (e excelentes)
ilustrações do Cliff, baterista da banda. Nessa época, meus rabiscos
serviam apenas para roughs (rascunhos) e grande parte do trabalho se concentrava
no computador. Como as artes eram pequenas redesenhei todas com o
auxílio de papel vegetal e vetorizei tudo numa versão 5 do Corel (talvez 6).
A capa da coletânea "Killer Dubplates" dos neozalandeses do Salmonella Dub foi photoshop puro como a maioria das que eu fazia naquela época. Os resultados eram sempre satisfatórios, mas não iam muito além disso até 2006.
Em
2006, voltei a desenhar com força total e quatro ou cinco anos depois,
comecei a dar os primeiros esguichos no spray na Roda de Rima da Farani
com os grafiteiros Ton, Gab e Eok. De simples visitante, me tornei um
dos maiores colaboradores, criando a arte dos flyers, organizando
exposições e fotografando. Lá tive a oportunidade de conhecer os nomes
que estão dominando a cena e brevemente vão tomar o mundo, de acordo com
a minha humilde opinião. Ainda tive a sorte de representar alguns
desses nomes, através de estampas, capas e até na tela dos singles.
Fevereiro começou com a volta à arte do cd "Odisséia Infinita", o primeiro do meu brother Bidi e iniciei há pouco os estudos para a capa do cd "Eu nem canto tão bem assim" do rapper Essiele, outro monstrinho da cena pra quem eu já tinha feito uma estampa.....boladona!
Bidi
Pra fazer a capa, vi várias fotos e testei alguns desenhos, até encontrar uma que tirei na entrevista do Essiele na Radio Legalize.
Depois de muitos traços e alguma borracha, revivi a técnica do papel
manteiga (e não vegetal dessa vez) copiando o rosto do rapper direto da
minha tela pra fechar a idéia pro cd e por enquanto é só!
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